sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CONVERSÃO REPENTINA



"E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio." (João 19:17-18). O povo que seguia Jesus era numeroso e as mulheres se batiam no peito. O Senhor voltando-se a elas disse: Filhas de Jerusalém, não chorem por mim, chorai por vós e vossos filhos. "Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?" (Lucas 23:31). Isto é: se os soldados romanos me tratam com tamanha crueldade a mim que sou uma árvore verde e a própria fonte da vida, o que farão depois à nação que é como árvore morta e seca nos seus pecados?

"E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos. E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda." (Lucas 23:32-33). Os dois malfeitores eram ladrões, pecadores da pior espécie. Se não fossem tão vis, não teriam sido condenados à crucificação para morrerem. O mais repulsivo na crucificação era a maneira cruel e prolongada com que se aplicava a pena de morte. O suplicio era terrível. O ardor das feridas nas mãos e nos pés por causa dos cravos, o horror da posição do corpo na cruz e além de tudo, a sede era insuportável, e aumentava a cada momento até que a vítima morresse em um ou dois dias, ou mais. Ainda o criminoso crucificado tinha que sofrer tudo levantado perante a contemplação pública. Era a forma de castigo mais vergonhosa e atroz jamais inventada. "E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus." (Lucas 23:35).

"E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23: 39-43) o ladrão salvo na cruz é um exemplo dos mais notáveis de conversão repentina. Quando somos tentados a pensar que são necessários toda uma vida, ou um ano, ou um mês, ou mesmo dias para que um pecador se converta em um santo, convém a nós meditarmos no caso desse ladrão que foi salvo pouco tempo antes de morrer crucificado. Ele era um malfeitor vil, mas Cristo o salvou e naquele mesmo dia, o levou ao Paraíso.

Os dois ladrões, em princípio, zombavam de Jesus, e blasfemavam dele. Esse ladrão que foi salvo insultava Jesus, o inocente, pendurado na cruz, abandonado por todos e escarnecido pela multidão que lhe lançava ao rosto impropérios, mas repentinamente o malfeitor, um dos mais empedernidos de coração, mostrou-se convicto de seus pecados. Viu amor em Jesus pelos seus perseguidores e que orava por eles. A oração de Jesus, por esse ladrão, fez aquilo que os açoites das autoridades não conseguiram. Ele foi salvo. "Senhor, lembra-te de mim quando entrares em Teu Reino". Não existem muitas possibilidades de salvação de um pecador antes que caia sobre ele o temor do Senhor. As mãos e os pés do ladrão estavam pregados na cruz, mas não seus olhos, nem sua língua. Com os olhos contemplou o Filho de Deus. Com sua língua clamou pedindo perdão. Alguns aceitam Jesus e vivem, outros o rejeitam para sua própria condenação. Jesus não foi morto diretamente por alguém, tampouco foi vencido por processos naturais. Ele mesmo entregou seu Espírito. Ele abriu um novo caminho.

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