domingo, 13 de março de 2016

PEDIR PERDÃO É AMAR

A Bíblia, através das palavras do Messias, nos dá uma lição singela, mas tremenda sobre a natureza do perdão. "E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas."  (Marcos 11 : 25)

Normalmente a lição que aprendemos é que: seremos perdoados, se perdoarmos os outros. Pura verdade. É uma lição ensinada pelo Criador, lição de humanidade.

Mas ai também existe uma segunda lição, que se aprende se estivermos dispostos a meditar na ação do perdão e ao fazê-lo, aprendemos a dinâmica que existe no perdão.

É muito comum que as pessoas peçam perdão quando ofendem ou prejudiquem alguém mesmo que não o tivessem feito de propósito, mas grande parte delas pede o perdão sem esperar recebê-lo, quando se trata de pedir ao próximo. E acabamos ouvindo a célebre frase, “fiz minha parte, se fulano vai ou não me perdoar, é problema dele.”

Isto soa bastante impessoal, não concorda? Será que jamais imaginamos que pedir perdão também é um ato de amor ao próximo, além de simplesmente sermos absolvidos? Vou explicar.

Situações de desentendimento não resolvidas, geram um bocado de mágoa e rancor. A pessoa ofendida, além do agravo da própria ofensa, caso seja, por natureza, de coração endurecido, não vai perdoar nunca se não buscarmos resolver o conflito. E talvez vá perdoar se buscarmos resolvê-lo.  

Resta-nos, pois, tentar resolver o conflito, quando formos ofensivos, nos humilhemos para receber ou talvez não o perdão, sem, entretanto sermos egoístas esperando que o ato em si de concerto nos limpe a barra. Por que onde fica o amor?

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;” (1 Cor 13:4-5)

O amor ao próximo se encontra no ato de pedir perdão, dando ao próximo o poder de escolha de perdoar ou não, está muito mais ai do que pedir o perdão pura e simplesmente para estarmos bem com Deus e simplesmente cumprirmos a segunda parte do segundo mandamento, “como a nós mesmos”. Porque o Messias, ressaltou através dos dois mandamentos, amar a Deus e amar ao próximo como a nós mesmos e não amar a Deus e amarmos a nós mesmos.

sábado, 12 de março de 2016

O TEMÍVEL CAVALO

Estamos vendo atualmente tantas coisas ruins acontecendo no mundo e em especial no nosso país, política e economicamente que ficamos completamente desanimados.
Vejamos o que nos revela o livro de Apocalipse sobre isso:

"E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra."  (Apocalipse 6 : 8)

São palavras extremamente duras, mas na verdade, já não temos visto isto acontecer no mundo por algumas vezes?

Parece-me que este cavalo peculiar já tem caminhado pela face da terra por diversas vezes e por muito tempo, não é mesmo?

Que fazer então se a cada dia o vemos rondando e galopando em nosso solo, perderemos pois a esperança?

Na verdade, tudo que não podemos perder é a esperança, isso é o único motivo que ainda nos faz levantar todas as manhãs, ir ao nosso trabalho, nossa escola, ou mesmo cuidar de nossas tarefas diárias em nossas casas, mas, como poderemos renovar nossa esperança, sendo que, neste mundo tão difícil em que vivemos, parece que vamos ser tragados por tudo? O que teria dito o Messias àqueles que o esperam e nele mantém sua esperança?

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."  (João 16 : 33)

Como podemos, pois, apaziguar nosso coração se somos feitos, embora a imagem e semelhança do altíssimo, criaturas totalmente frágeis e incapazes de um coração reto por nós mesmos e dignos de receber toda a consequência do pecado?

A resposta para isso, meu amigo, é simples, manter uma fé simples, mas inabalável na esperança dada pelo Eterno aos nossos corações, a esperança simples de que um dia, veremos ao Pai, pelos méritos do Filho, que se manteve irrepreensível até o final de sua vida terrena, período no qual Ele não pecou, neste Ser surpreendente, deixamos de ser meras criaturas para sermos filhos.

Então, temeremos, pois, o cavalo amarelo que pisoteia nossas esperanças e sonhos? De forma alguma, na verdade, ele existe sim, para nos tornar melhores, haja vista que é impossível que o homem caminhe de glória em glória, se este por sua vez, viver uma vida farta e cheia de mimos. Somente mediante o sofrimento podemos ter lapidada nossa alma, e assim vê-la ainda mais parecida com Aquele a quem refletimos como criação.

Quando deixarmos de lutar contra aquilo que está fora de nós, para lutarmos contra o que está dentro de nós, a deliberada desobediência aos mandamentos do Pai, seremos livres porque teremos conhecido a verdade que liberta.


Portanto, não se preocupe com seus problemas, angústias e desilusões, ao ponto destes romperem sua comunhão com o Divino, mas aceite de bom grado essas provações lutando sempre pela justiça que vem pela obediência.