sábado, 28 de setembro de 2013

CHAMADO À ORAÇÃO



Escrevem-se muitos livros sobre a necessidade de oração. Ensinam-se nas escolas dominicais também sobre esse assunto. Mas a oração é escassa, mais escassa do que qualquer outra coisa. É mais fácil assistir cultos, esforçar-se incansavelmente em qualquer obra de igreja, do que passar o tempo orando no Espírito Santo.

Os discípulos de Jesus nunca viram alguém orar como Ele orava. Ao presenciarem suas súplicas no Espírito Santo e as respostas maravilhosas, rogaram: "Senhor, ensina-nos a orar". Ninguém senão o Mestre poderia ensiná-los a oram como convém. Somente Ele sabia orar verdadeiramente. As muitas lutas e perseguições Ele as venceu pela oração.

Ele estava tão ligado ao Pai a ponto de dizer: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30). O Pai e o Filho estão em perfeita harmonia em sua natureza e ações. Hoje em dia, o pecado tem ofuscado nossa vista até não sabermos mais pedir coisas espirituais, nem materiais. Não vemos a grandeza e o poder de Deus como deveríamos ver. "Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus." (Mateus 22:29).

Muitos conhecem as Escrituras e sabem que Deus é o Todo Poderoso, aprenderam a orar e quando surgem problemas, entregam ao Pai e esperam nele as respostas. Os discípulos ao olharem ao Mestre, em oração, seus corações ardiam com desejos de orar também. Jesus tinha vida de oração. "E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava" (Marcos 1:35).

Para chamar os doze discípulos, Jesus orou a noite toda "E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:" (Lucas 6:12, 13).

Contemple-o em oração no Getsêmane, seu suor, tornou-se em sangue, "E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão." (Lucas 22:44). Naquela hora de agonia orou só, seus discípulos dormiram de tristeza "E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia." (Lucas 22:43).

Observe Jesus na cruz, orando por seus algozes. Olhe para Ele, o "grande Eu Sou" que deu sua vida por nós, e clame com fé: "Senhor, ensina-nos a orar". "E Aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos." (Lucas 11:1).

sábado, 21 de setembro de 2013

FILHOS DE DEUS OU DO DIABO?



Os cristãos são nascidos de Deus. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (João 1:12-13).

São nascidos espiritualmente e poderão conhecê-lO agora, como uma criança conhece seu pai. Aprendemos na Palavra de Deus como deve ser nosso relacionamento com Aquele que por amor, tornou-nos Seus filhos. A 1ª epístola de João nos fala sobre não praticarmos o pecado. "Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade." (1 João 3:4). Aquele que peca transgride a lei; nos sentido mais amplo é: o afastamento ou abandono de qualquer dos padrões de Deus. O Senhor Jesus não pecou e nem em sua boca se achava engano, palavra de mentira.

Aquele que ainda vive na prática do pecado, não conhece verdadeiramente a Deus através da pessoa de Jesus, e será facilmente enganado por falsas doutrinas. "Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo." (1 João 3 7-8).

Como filhos de Deus, temos que estar firmes nEle, sempre buscando ser sábios e vigilantes. "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" (1 Pedro 5:8).

Sabemos que nosso adversário não nos dá trégua. Ele arma ciladas para que caiamos nelas. Nosso Deus está sempre com suas mãos estendidas ao nosso favor. Fortalece-nos, nos livra para sermos vencedores em todo o tempo. Estejamos sempre em oração, como nos ensinou Jesus. "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros." (1 João 3:9-11).

As atitudes indicam nosso caráter, e de acordo com elas, ou somos filhos de Deus ou somos filhos do diabo. A semente divina é uma figura para a natureza divina concedida àquele que nasce de Deus. Esta natureza divina evita que o cristão viva em pecado, ou seja, tenha uma atitude pecaminosa. Há uma diferença enorme entre quem é filho de Deus e aquele que é filho do maligno. O amor existe entre os filhos de Deus e aqueles que não possuem o amor de Deus entre si, honram ao seu pai, o diabo, e não praticam a justiça. Caim era filho do maligno, ele matou seu irmão Abel. E por que o matou? Porque as obras de Abel eram justas diante de Deus, entretanto, Caim não amava seu irmão e suas obras, ou atitudes, eram más.

"Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade." (1 João 313-18). O amor que se exige do cristão, é um amor de auto-sacrifício. Se amarmos verdadeiramente, abriremos nossos corações e contribuiremos naquilo que pudermos com os necessitados. Se então temos recursos neste mundo, ajudemos nossos irmãos necessitados.

O Senhor Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam." (Mateus 6:19-20)

sábado, 14 de setembro de 2013

POBREZA QUE É RIQUEZA



É muito raro pessoas ricas, sábias, entendidas, ilustres e poderosas irem ao Senhor. Vemos abaixo, em Mateus, um escriba ir ao Senhor. Para este escriba chegar a Jesus foi um ato de muita dificuldade. Jesus era muito desprezado e os seus seguidores eram, em parte, pessoas simples, e também em parte, muito desprezados: pescadores e publicanos. Portanto o escriba fazia parte de um grupo raro de visitantes como Nicodemos. "E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; e, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. - Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:18-22).

Aquele escriba sentiu-se atraído pelo Senhor, provavelmente por causa de Seus milagres. Chegou-se até Jesus e falou-lhe resolutamente: "Eu quero te seguir" Vemos tal obstinação no livro de Rute, quando esta disse a Noemi: "Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;" (Rute 1:16). A decisão do escriba foi sem reservas: "aonde quer que fores, eu te seguirei", mas foi uma decisão abrupta como aquela de Pedro: "... Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei." (Mateus 26:33). E naquela mesma noite, Pedro negou a Jesus por três vezes ao cantar do galo. Mesmo assim a decisão de Pedro foi necessária, por quê? "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12). Jesus é o único caminho pelo qual Pedro seria salvo e não através de sua justiça própria. "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 4:16). 

As palavras do escriba estavam corretas, mas não foram ditas por fé, foram ditas em um momento emocional, foi um voto meramente emotivo, sem pensar nas consequências, aquele escriba tomou uma decisão não espiritual, mas baseada em sua própria capacidade analítica por meramente presenciar milagres feitos por Jesus aflorada em um momento emotivo.

A Palavra de Deus nos ensina: "... Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." (Zacarias 4:6b). Jesus conhece a todos os que se achegam a Ele e examina cada coração. "Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem." (João 2:24-25).

Em resposta ao apelo emocional do escriba, Jesus respondeu-lhe o significado de segui-lo: dizendo a outro discípulo: "Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:22). Na verdade, Jesus quis dizer: deixe que os espiritualmente mortos sepultem os fisicamente mortos. As exigências do reino são muito mais importantes. O Senhor chamou a atenção do escriba para a sua pobreza: quer ser pobre como eu, renunciar a tudo como eu? "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." (2 Cor. 8:9). somos exclusivamente ricos da graça de Deus. Quando Jesus nasceu, foi colocado em uma manjedoura emprestada, quando morreu O sepultaram em um túmulo alheio. Esse exemplo de desapego ao material sempre foi uma constante na vida de Jesus e até em sua morte, mas Ele ressuscitou! Aleluia, Ele vive!

sábado, 7 de setembro de 2013

AMOR



"Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito." (1 João 4:11-13) Nós recebemos seu Espírito e, por conseguinte o selo do Espírito Santo. "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa." (Efésios 1:13)

Ninguém pode mensurar a dimensão do amor de Deus. Viver uma vida cheia de amor é viver uma vida cheia do amor de Deus. Nesse viver espiritual não há espaço para sentimentos conflitantes com o amor. Mas haverá espaço para o Espírito Santo, para o amor ao próximo, para a alegria, a paz, a longanimidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio. Porque contra essas coisas, não há lei.

O cristão selado com o Espírito Santo é propriedade de Jesus Cristo. O selo pelo qual fomos selados indica posse e segurança. A pessoa do Espírito Santo, o selo divino, é para o cristão a garantia da segurança de sua salvação. "E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo. No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor." (1 João 4:14-18).

Romanos 8:15, nos diz: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai."  Essa adoção é um ato de Deus através do qual Ele coloca o cristão em sua família com todos os privilégios e responsabilidades que isso ocasiona. Ao mesmo tempo o cristão nasce na família de Deus como uma criança e precisa crescer e desenvolver-se em graça. "Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;" (1 Pedro 2:2).

Deus nos deixou a Bíblia, ela foi escrita para nós. "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (2 Timóteo 3:16-17). A Bíblia procede de Deus. Ao lê-la, meditando com o auxilio do Espírito Santo, o neófito cresce, tornando-se conhecedor de suas responsabilidades espirituais. Sabe que Deus é amor. E o amor não se porta indecentemente, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não aprova a injustiça, mas aprova a verdade, sofre tudo, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Aquele que da Bíblia aprendeu realmente, sabe que se não amarmos, não somos nada ante os olhos de Deus.

O amor do Pai é eterno. Ele valoriza o caráter que age com amor e paciência. "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados." (1 João 5:1-3).