domingo, 17 de novembro de 2013

CUIDADO COM O FERMENTO!



"Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." (Lucas 12:1). Jesus, como mestre, tinha muitas coisas a ensinar às pessoas. Onde quer que Ele se encontrasse, as multidões sempre procuravam se acomodar nas proximidades para ouvir Seus ensinamentos porque ensinava com poder e autoridade a Palavra de Deus. Todos queriam ouvi-lo e prestavam atenção às Suas palavras. Ele conhecia muito bem os fariseus e estes, por sua vez, o odiavam e rejeitavam.

Ao ser convidado a comer na casa de um deles, logo chegando, tomou seu lugar a mesa, sem lavar-se antes. O fariseu admirou-se por isso, mas Jesus lhe disse: "vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade." O mestre os chamou de insensatos, os escribas também o rejeitavam e passaram a argui-lo com veemência, procurando confundi-lo a respeito de vários assuntos com intuito de tirar de suas próprias palavras, motivos para o acusarem, porem Jesus tinha uma vida absolutamente correta.

Jesus ensinava os discípulos sobre o fermento deles, que é a hipocrisia, que uma vez introduzida em nosso ser, é como o fermento adicionado à massa, a faz inchar e levedar-se. Se nosso caráter for levedado pela hipocrisia, se inchará com o orgulho e se tornará amargo de malícia. Os fariseus, como classe, eram hipócritas. Em nossos dias ainda existem fariseus, louvam a Deus com seus lábios, mas seus corações estão muito longe dele. "Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:7-9) Eles não adoram a Deus em espírito e em verdade, os quais Deus procura para adorá-lo. Esses fariseus dão esmolas, oram em voz alta e mais alta do que os outros, jejuam e cantam, mas somente para exibirem-se aos outros. Deus conhece os corações e certamente é o coração do homem que importa a Ele.

Os fariseus são comparados a tumbas caiadas, porque dentro há corrupção, falsidade, amor ao dinheiro, amor fingido e tentam justificarem-se a si mesmos diante dos outros. O mestre ensina-nos a não sermos hipócritas e ególatras. Ele nos ensina a sermos cautelosos com esse fermento fariseu e a rejeitarmos a hipocrisia. Temos um exemplo: "Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado." (Lucas 18:10-14).

O fariseu cria que Deus age com base em méritos humanos e seria, por isso, aprovado por Ele em seus procedimentos e boas obras em número suficiente. O publicano sabia que Deus opera através da misericórdia e graça e que somente Ele é digno de receber nossa fé e não as obras.

Uma das razões porque não nos convém sermos hipócritas é que certamente tudo que for encoberto será revelado. A questão é se a qualidade de cristianismo que aceitamos e praticamos é tal que possamos exibi-lo ao mundo sem nos envergonharmos. Cristo nos previne da insídia da hipocrisia do formalismo e a necessidade de sermos vigilantes contra ela.  

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