sábado, 14 de dezembro de 2013

NÃO SE ESQUEÇA DE O CONVIDAR



Foi no Jardim do Éden que Deus prometeu pela primeira vez à humanidade, um libertador. "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gênesis 3:15). A mesma promessa foi repetida pelos profetas pelos tempos. Quando chegou a época para Ele nascer, foi em Belém. Através da graça divina, descobrirmos o inefável amor de Deus para com a humanidade caída. Mas também descobrimos o tremendo ódio dela para com o Criador.

Jesus, a luz do mundo, nasceu à noite, numa época em que o mundo havia se esquecido de Deus, somente alguns O tinham em seus corações. A maior parte das pessoas estava se corrompendo, desajustada e encerrada nas mais densas trevas, caída espiritual e materialmente.

Aquela frieza do formalismo haveria de derreter-se com o calor do Sol da Justiça. Jesus em sua imensa graça veio ao mundo como luz que alumia toda treva, não como um relâmpago rápido. Foi o maior e mais significativo acontecimento de todos os tempos. Em Belém, quando nasceu, não havia lugar para Ele. As hospedarias estavam lotadas por causa do recenseamento. Seu nascimento ocorreu em uma estrebaria e Seu berço, uma manjedoura, não houve festa na terra, mas houve festa no céu, os anjos deram glória a Deus Todo-poderoso.

Muitos, entre aqueles que aguardavam o nascimento do Messias, que eram pastores que durante as vigílias da noite, pastoreavam suas ovelhas, foram surpreendidos com a visita dos anjos e um clarão de esplendor os cercou. "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor." (Lucas 2:10-11).

Não sabemos qual foi o exato dia de seu nascimento. Mas Ele cresceu, foi batizado, foi tentado no deserto, saiu de lá vitorioso e pronto para iniciar a tarefa árdua pela qual Deus o enviou ao mundo pecador.

Jesus era um pregador exemplar. Pregava a verdade das Escrituras, sem rodeios. Certo dia Ele disse:" Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." (João 8:12b). Aquele que não tem Jesus não sabe aonde vai. Jesus nunca pecou, nem falou qualquer inverdade. Ele fez milagres e maravilhas. Ele curou a muitos, salvou, libertou, transformou, deu vida nova. Naqueles tempos Jesus pregava a salvação e muitos a aceitavam, enquanto que outros tantos a rejeitavam. Seu ministério foi abençoado assim mesmo seus algozes o levaram à execução através da crucificação, foi morto, sepultado, mas a morte não O pode reter, ele ressurgiu vivo através de sua ressurreição ao terceiro dia, apareceu a muitos dos seus, deu-lhes mais ensinamentos e depois voltou ao céu, sua casa paterna, onde hoje se encontra. Deste lar, nós também podemos participar, mas é necessário confessar Jesus. "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." (Romanos 10:9-10).

O Natal vem chegando, você fará sua festa com a família, amigos, com bebidas e comidas exóticas, haverá troca de presentes, alegria. Você convidou as pessoas mais importantes para participarem da comemoração. Porem a pessoa mais importante é Jesus Cristo, o aniversariante. Mas ele está isolado da festa, você não se lembrou dele. Não O convidou, deixou-O de fora. Mas este é um momento de reflexão. Medite na palavra de Deus, ela é lâmpada para iluminar nosso caminho. Também não se lembre do Senhor da Glória somente um dia ao ano. Ele é eterno, e o Seu Reino não é comida nem bebida, mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo.

sábado, 7 de dezembro de 2013

A ORAÇÃO SACERDOTAL



“Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” (João 17:1-5)

Neste capítulo de João, encontramo-nos no lugar chamado Santo dos Santos das escrituras, (esses são somente os primeiros versículos do capítulo. Essas palavras que Jesus falou, não são dirigidas a ouvidos mortais, apesar de serem enunciadas na presença de homens. Na véspera de seu sacrifício, Jesus levantou os olhos ao céu e falou com o Pai. Nessa oração Ele apresentou ao Pai Sua obra completa orou acerca dos acontecimentos futuros. A segurança e destino glorioso dos seus.

Nesta oração podemos ver a comunhão íntima entre Pai e Filho. Quem nos dera termos também essa comunhão intima com o Criador. Nesta oração, também chamada de oração sacerdotal, o Senhor ora por Si, por sua própria glorificação, a proteção, santificação e unidade dos crentes nele. Jesus manifestou seu nome aos homens que lhe foram confiados, e estes guardavam em seus corações a palavra e reconheciam que todas as coisas vinham do Pai. "E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado." (João 17:10). O filho tinha as coisas do Pai e o Pai tinha as coisas do Filho. Tudo o que era de Jesus, pertencia a Deus. O costume que Jesus tinha, de levantar seus olhos ao céu, é porque lá se encontra o Trono de Deus e onde, perante Sua soberana presença estão os querubins e serafins, glorificando-O.

A hora prometida por Deus se aproximava, e aquilo que Deus promete, o cumpre. Se aproximava a hora da crucificação de Jesus e ferir a cabeça de satanás, a velha serpente. Essa foi a hora exata do destino do mundo, da glorificação do Pai, de consumar Sua obra. Quando as escrituras falam da vida eterna, significa a vida verdadeira, vida de comunhão com o Criador, comunhão que a morte não pode romper. A vida eterna é como Deus a preparou, vem por meio de Jesus Cristo. A morte eterna é a existência fora desse plano. Em nossa intercessão devemos seguir o exemplo de nosso Mestre. Oramos primeiro por nós mesmos. Ao fazermos isso, também alcançamos as bênçãos para o próximo. Nosso mestre teve uma vida inteira de oração constante e comunhão com o Pai, pois se assim não fosse, jamais seríamos alcançados pelas bênçãos de Deus. Todos os crentes em Cristo são possessão dele. Fazem parte de um só corpo, pois são da família de Deus. "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;" (Efésios2:19).

Jesus pediu ao Pai para que nos guardasse afim de que todos fôssemos um como é o Pai com Jesus e Jesus com o Pai, com isso o amor permanece em nós. O que o Senhor dá para aqueles que são seus: Sua vida, Sua palavra, Sua alegria, Sua glória, uma morada no céu, a vida eterna. Ele é o Rei dos reis, Senhor dos senhores, Príncipe da Paz. Guarda-nos do mal e um dia voltará. Então esteja preparado para recebê-lo

domingo, 1 de dezembro de 2013

ROCHA OU AREIA

"47 Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: 48 É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. 49 Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa." (Lucas 6:47-79). No versículo 47, notamos três palavras: vem, ouve e observa. Devemos ir a Cristo, reconhecendo-o como nosso Salvador, ouvir o que Ele diz porque é o nosso Mestre e observarmos Sua palavra, porque é nosso Senhor. Insensatez é não observar seus preceitos e obedecer a Sua palavra. Buscando executar sua vontade, porque: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora." (João 6:37). Ir a Jesus é superior a todos os tesouros e riquezas do mundo, é superior ao universo. Quando obedecemos ao seu chamado e o aceitamos como único Salvador, Mestre e Senhor, os nossos nomes são escritos no Livro da Vida do Cordeiro, passamos a ser cidadãos dos céus, onde se encontra nossa cidade futura. Devemos estar preparados a ouvir as palavras do Mestre, sendo, entretanto tardios em nosso próprio falar com vemos em Tiago 1:19: "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar."

A palavra implantada, o evangelho recebido tal como anunciado, como palavra da verdade que liberta o pecador, não deve ser somente ouvida, mas praticada. O homem sincero olha para elas e depois age com base naquilo que aprendeu e já aprende que é uma palavra pura, como vemos em Salmo 12:6 "As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes." Jesus Cristo, nosso Mestre nos agracia com esta maravilha.

"E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos." (Tiago 1:22). Se alguém é ouvinte não praticante da palavra, é como um homem que contempla seu rosto em um espelho e se vai, e logo não se recorda mais do que viu. Jesus nos ensina que se alguém vai a Ele, o ouve e pratica a palavra, mostra a todos a quem é semelhante. É alguém sábio, sensato, prevê as provações da vida, o final de tudo o que é terrestre e o grande juízo vindouro e com isso edifica para a eternidade. Este é o que edifica sobre a rocha inabalável, Jesus Cristo, e está sempre firmado nele. Não se abala mesmo que venham tempestades terríveis, que podem vir com força. Mas aprendeu a orar vigiando todo o tempo e com o coração grato. A rocha representa aquilo que é firme, imóvel e eterno.

A areia representa o que é solto, instável e movediço. Há homens insensatos, sem sabedoria que edificaram suas casas sobre alicerces não firmados em covas profundas, mas sobre o chão, não foram a Jesus, nem O ouviram e tampouco praticaram Sua palavra. Não o aceitaram como Salvador, Mestre e Senhor. Por isso Jesus não os livra porque a luz não tem comunhão com as trevas, e quem anda em trevas não sabe aonde ir. A tempestade vem e cai com força em ambas as edificações. Aqueles que tinham seus alicerces plantados na Rocha, ficaram firmes, nada os pode derrubar, mas aqueles que se alicerçaram em areia, ruíram e a queda foi muito grande, faltou-lhes Jesus, porque o negaram. Lembremos que o Senhor cuida dos Seus, conforme Salmo 33:18 "Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia;"   





sábado, 23 de novembro de 2013

ORAR É PRECISO



Orar é dever de todos os crentes em Jesus, porque neste mundo, temos um inimigo e devemos vigiar através da oração para que não caiamos na tentação lançada por ele. Deus a ninguém tenta, mas esse inimigo que temos, anda ao nosso redor, procurando a quem possa destruir. A Bíblia diz que aquele que não ora obstinadamente, fica infrutífero e suas respostas simplesmente não vêm. "E (Jesus) contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer". Desfalecer significa desanimar-se (porque as respostas demoram em vir). Devemos nos lembrar que a demora de Cristo em voltar será a causa do desfalecimento de muitos cristãos.

A Bíblia nos orienta sobre a oração: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á." (Mateus 7:7-8). Esta é a confiança que podemos ter para com Ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve e atende nossas petições.

Temos como exemplo dentre muitos, a história de Daniel e de Ana, esposa de Elcana. "Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6:10). Os inimigos de Daniel sugeriram que ele fosse lançado na cova dos leões, uma caverna com uma abertura no topo, por desobediência ao rei que proibira a adoração a outros deuses que não fossem ele mesmo. Como os inimigos de Daniel nada acharam contra ele, nenhum erro, nenhum dano, queriam dar um fim em Daniel, o profeta de Deus, porque era causa de seus desgostos e contrariedades. Daniel cria no Todo Poderoso e confiava que Ele o livraria. Então com fé, orou a Deus e o Senhor fechou a boca dos leões que por essa razão não lhe causaram nenhum mal. Isso nos serve como exemplo, temos nós nos dirigido a Deus em oração diante de dificuldades e necessidades, como fez Daniel?

Havia um homem chamado Elcana, da montanha de Efraim, que tinha duas esposas, Ana e Penina. Ana era estéril e Penina não, fato este que causava rivalidade entre ambas. Sendo Ana vitimada pela provocação que lhe causava angústia, choro e falta de apetite. Ana clamou e fez um pacto com Deus, no templo, e Deus ouviu suas orações, deu-lhe um filho, Samuel, profeta grandemente usado por Deus na história hebraica, além de outros filhos.

Existem inúmeros exemplos na Bíblia que nos inspiram a assumirmos o compromisso da oração sem cessar, você não está disposto a assumi-lo? Se o fizer, sua vida nunca mais será a mesma.

domingo, 17 de novembro de 2013

CUIDADO COM O FERMENTO!



"Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." (Lucas 12:1). Jesus, como mestre, tinha muitas coisas a ensinar às pessoas. Onde quer que Ele se encontrasse, as multidões sempre procuravam se acomodar nas proximidades para ouvir Seus ensinamentos porque ensinava com poder e autoridade a Palavra de Deus. Todos queriam ouvi-lo e prestavam atenção às Suas palavras. Ele conhecia muito bem os fariseus e estes, por sua vez, o odiavam e rejeitavam.

Ao ser convidado a comer na casa de um deles, logo chegando, tomou seu lugar a mesa, sem lavar-se antes. O fariseu admirou-se por isso, mas Jesus lhe disse: "vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade." O mestre os chamou de insensatos, os escribas também o rejeitavam e passaram a argui-lo com veemência, procurando confundi-lo a respeito de vários assuntos com intuito de tirar de suas próprias palavras, motivos para o acusarem, porem Jesus tinha uma vida absolutamente correta.

Jesus ensinava os discípulos sobre o fermento deles, que é a hipocrisia, que uma vez introduzida em nosso ser, é como o fermento adicionado à massa, a faz inchar e levedar-se. Se nosso caráter for levedado pela hipocrisia, se inchará com o orgulho e se tornará amargo de malícia. Os fariseus, como classe, eram hipócritas. Em nossos dias ainda existem fariseus, louvam a Deus com seus lábios, mas seus corações estão muito longe dele. "Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:7-9) Eles não adoram a Deus em espírito e em verdade, os quais Deus procura para adorá-lo. Esses fariseus dão esmolas, oram em voz alta e mais alta do que os outros, jejuam e cantam, mas somente para exibirem-se aos outros. Deus conhece os corações e certamente é o coração do homem que importa a Ele.

Os fariseus são comparados a tumbas caiadas, porque dentro há corrupção, falsidade, amor ao dinheiro, amor fingido e tentam justificarem-se a si mesmos diante dos outros. O mestre ensina-nos a não sermos hipócritas e ególatras. Ele nos ensina a sermos cautelosos com esse fermento fariseu e a rejeitarmos a hipocrisia. Temos um exemplo: "Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado." (Lucas 18:10-14).

O fariseu cria que Deus age com base em méritos humanos e seria, por isso, aprovado por Ele em seus procedimentos e boas obras em número suficiente. O publicano sabia que Deus opera através da misericórdia e graça e que somente Ele é digno de receber nossa fé e não as obras.

Uma das razões porque não nos convém sermos hipócritas é que certamente tudo que for encoberto será revelado. A questão é se a qualidade de cristianismo que aceitamos e praticamos é tal que possamos exibi-lo ao mundo sem nos envergonharmos. Cristo nos previne da insídia da hipocrisia do formalismo e a necessidade de sermos vigilantes contra ela.  

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

UM PASSO IMPORTANTE

"E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior; ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes? E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera. Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal." (Marcos 5:25-34).

Segundo o que está escrito na lei de Moisés e devido ao seu estado, essa mulher fora banida da comunidade e era considerada imunda. O Senhor Jesus já estava famoso em todos os lugares e circunvizinhança da Galileia e muitos o procuravam. Era considerado por todos os Seus seguidores, como o médico dos médicos. A história dessa mulher é comovente, portanto observemos alguns fatos: ela era uma pessoa que, antes de sua enfermidade, tinha muitas posses. Repentinamente adoece e padece com uma hemorragia ininterrupta. Desfez-se de tudo que possuía para custear os diversos tratamentos médicos aos quais se submeteu. Porém não ficou sã, ficou depauperada, sem esperança, e sem ninguém disposto a ajudá-la. Agora pobre, estava em grandes dificuldades e não sabia mais o que fazer para livrar-se de sua enfermidade. Talvez agora somente esperasse a morte chegar.

Nesse momento de desespero e desatino, ouviu uma alegre mensagem sobre Jesus. Ouviu dizer que Ele curava, fazia milagres e maravilhas. Essa mensagem foi mais do que suficiente para que, uma vez mais, em sua vida desafortunada, buscasse a cura para seus males. E sem titubear, sem delongas e cheia de fé, foi até Ele. "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6). Vemos que somente ouvir falar não é o suficiente, o homem precisa ir ao encontro do Senhor. Foi o que aconteceu com um judeu chamado Nicodemos. Ele ouvia Jesus falar, via Seus milagres. Ele, um principal dentre os judeus, frequentava todas as reuniões na sinagoga, mas seu coração estava vazio. Ele sentia necessidade urgente de preenchê-lo. E o fez, deixando seus pré-conceitos, buscou a Jesus, seu coração ficou repleto.

Tanto ricos como pobres, enfermos e saudáveis, jovens e velhos, homem e mulher, enfim, todos os pecadores precisam ir a Jesus. Ele mesmo faz o chamamento, vejamos: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." (Mateus 11:28). A mulher pensou consigo – se eu tocar suas vestes, ficarei curada, livre dessa hemorragia, porque Aquele que faz milagres está aqui e eu não deixarei passar esta oportunidade, e por entre a multidão, vou a Ele pela fé, porque ele me dará a cura que tanto necessito.

Não existem limites para a fé no poder de Deus, "tocando" em Cristo, o homem é curado, tanto física quanto espiritualmente. Quando a mulher tocou nas vestes de Jesus, sua hemorragia foi imediatamente estancada. Ela sentiu em seu corpo que fora curada e no mesmo instante, Jesus sentiu sair de Si virtude e perguntou quem havia lhe tocado. Claro que Ele sabia quem havia feito aquilo. Ela prostrou-se aos Seus pés e confessou que o fizera. Quando oramos não podemos esconder nada. Jesus tudo sabe. Cristo disse a ela: "Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e sê curada deste mal." O fruto desse toque nas vestes do Senhor foi essa cura, o
Senhor lhe disse palavras de conforto, ou seja, Ele deu a ela mais do que a cura, deu-lhe paz. Ela confessou a cura diante de todos e esse testemunho foi de ajuda aos outros.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CONVERSÃO REPENTINA



"E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio." (João 19:17-18). O povo que seguia Jesus era numeroso e as mulheres se batiam no peito. O Senhor voltando-se a elas disse: Filhas de Jerusalém, não chorem por mim, chorai por vós e vossos filhos. "Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?" (Lucas 23:31). Isto é: se os soldados romanos me tratam com tamanha crueldade a mim que sou uma árvore verde e a própria fonte da vida, o que farão depois à nação que é como árvore morta e seca nos seus pecados?

"E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos. E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda." (Lucas 23:32-33). Os dois malfeitores eram ladrões, pecadores da pior espécie. Se não fossem tão vis, não teriam sido condenados à crucificação para morrerem. O mais repulsivo na crucificação era a maneira cruel e prolongada com que se aplicava a pena de morte. O suplicio era terrível. O ardor das feridas nas mãos e nos pés por causa dos cravos, o horror da posição do corpo na cruz e além de tudo, a sede era insuportável, e aumentava a cada momento até que a vítima morresse em um ou dois dias, ou mais. Ainda o criminoso crucificado tinha que sofrer tudo levantado perante a contemplação pública. Era a forma de castigo mais vergonhosa e atroz jamais inventada. "E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus." (Lucas 23:35).

"E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23: 39-43) o ladrão salvo na cruz é um exemplo dos mais notáveis de conversão repentina. Quando somos tentados a pensar que são necessários toda uma vida, ou um ano, ou um mês, ou mesmo dias para que um pecador se converta em um santo, convém a nós meditarmos no caso desse ladrão que foi salvo pouco tempo antes de morrer crucificado. Ele era um malfeitor vil, mas Cristo o salvou e naquele mesmo dia, o levou ao Paraíso.

Os dois ladrões, em princípio, zombavam de Jesus, e blasfemavam dele. Esse ladrão que foi salvo insultava Jesus, o inocente, pendurado na cruz, abandonado por todos e escarnecido pela multidão que lhe lançava ao rosto impropérios, mas repentinamente o malfeitor, um dos mais empedernidos de coração, mostrou-se convicto de seus pecados. Viu amor em Jesus pelos seus perseguidores e que orava por eles. A oração de Jesus, por esse ladrão, fez aquilo que os açoites das autoridades não conseguiram. Ele foi salvo. "Senhor, lembra-te de mim quando entrares em Teu Reino". Não existem muitas possibilidades de salvação de um pecador antes que caia sobre ele o temor do Senhor. As mãos e os pés do ladrão estavam pregados na cruz, mas não seus olhos, nem sua língua. Com os olhos contemplou o Filho de Deus. Com sua língua clamou pedindo perdão. Alguns aceitam Jesus e vivem, outros o rejeitam para sua própria condenação. Jesus não foi morto diretamente por alguém, tampouco foi vencido por processos naturais. Ele mesmo entregou seu Espírito. Ele abriu um novo caminho.

sábado, 26 de outubro de 2013

ESPÍRITO, ALMA E CORPO

Espírito, alma e corpo pertencem somente a Jesus Cristo.
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará." (1 Tessalonicenses 5:23). Devemos nos alegrar sempre, abstendo-nos de toda forma de mal. Não devemos apagar o Espírito de Deus, no qual fomos selados. Estamos esperando e aguardando a vinda de Jesus. O mais importante é que já não vivemos mais em trevas as quais nos deixavam cegos. Agora estando na luz de Jesus, esperamos com paciência a Sua vinda. Deus é fiel para conosco e tudo aquilo que Ele prometeu, o fará também. Afinal, Deus não é homem, então Ele não mente e tão pouco é filho de homem para que se arrependa.

Os nossos olhos devem estar fixos em Jesus.
"Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus." (Hebreus 12:12) Um grande número de testemunhas, os heróis da fé citados no capitulo 11 de Hebreus e muitos mais. Todo o peso do pecado impede que o cristão seja vencedor: o pecado que nos rodeia é a incredulidade. Os meus e os seus olhos não podem olhar para a direita e nem para a esquerda, muito menos para trás. Olhamos para Jesus o autor e consumador da nossa fé. Sejamos perseverantes até o fim para sermos salvos. Evitemos o pecado e corramos a carreira que nos foi proposta com alegria e sempre glorificando nosso pai celestial.

Nossos pés devem andar em seus caminhos.
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho." (Salmo 119:105) "Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal." (Provérbios 4:26-27). Aquele que anda no caminho de Deus, anda na luz e não há nele treva nenhuma, anda no caminho estreito e nunca segue por atalhos que fazem se desviar do caminho vivo, Jesus Cristo.

Nossas mãos sempre estão prontas a fazer o bem.
"Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade." (Efésios 4:28) aqueles que utilizavam as mãos para fazer o mal, aprenderam com Jesus que as m aos devem sempre estar limpas e o coração puro, sem se envolver com as coisas mundanas e sempre se lembrando que o amor a riquezas sempre trará problemas, porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Nos céus os cristãos têm a maior de todas as riquezas, o maior de todos os tesouros onde a traça não corrói e nem o ladrão rouba. As mansões dos cristãos são ricamente adornadas. Os cristãos são ricos da graça de Deus, mesmo aqui neste mundo.

Nossos pensamentos devem se ocupar com Jesus.
De acordo com Colossenses 3:2: "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra." Aqueles que pensam nas coisas de Deus se tornam na prática aquilo que já são em posição, pela graça de Deus. O cristão está ressuscitado com Cristo, por essa razão deve exibir sua nova vida. Alem de pensar nas coisas do alto, também devem buscá-las.

Nosso coração está confirmado pela graça.
"Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram." (Hebreus 13:9) A maneira de agir do cristão deve ser correta.
Nosso corpo é um sacrifício vivo.
De acordo com Romanos 12:1: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." O cristão não pode se conformar com o presente século. Não pode viver de acordo com o estilo e a tendência da presente era. Vive esperando o que está por vir. Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura (Hebreus 13:14)


domingo, 20 de outubro de 2013

MULTIPLICAÇÃO



"E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida. E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura. E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem que comer; porque aqui estamos em lugar deserto. Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo. Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em ranchos de cinqüenta em cinqüenta. E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos. E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze alcofas de pedaços." (Lucas 9:10-17)

O Senhor tinha enviado os doze discípulos para pregarem o reino de Deus, mas antes lhes deu poder e autoridade sobre demônios e para operar curas. Os doze somente saíam para efetuarem a obra de Deus sob a autoridade do Mestre. Ele também lhes dizia para não levarem "bordão", nem alforje, nem dinheiro, nem duas túnicas. Eles ficariam hospedados nas casas que os recebessem. Jesus os mandava de dois em dois.

Ao regressarem, os apóstolos relataram a Jesus tudo o que tinham feito. Jesus retirou-se com os apóstolos para uma pequena cidade chamada Betsaida, que ficava na margem norte do mar da Galileia. Quando o povo soube que Jesus ali estava, foram até ele. Ele os acolheu a todos e lhes ensinou sobre o reino de Deus. Eram quase cinco mil pessoas. O Mestre olhava a multidão, as pessoas eram como ovelhas sem pastor. Ele via a necessidade, o anseio da alma, os sofrimentos. No seu ministério terreno, compadecia-se tanto do estado físico quanto do espiritual do povo. Os apóstolos quando viram o dia, começando a declinar, pediram ao Senhor que os despedisse e os mandasse procurar as aldeias e campos para se alimentarem e se hospedarem. Mas o Senhor lhes disse: "Dai-lhes vós mesmos de comer"; isto os deixou preocupados, pois não tinham tamanha provisão para alimentar cinco mil pessoas. Pensaram até em comprar comida para todos. Eles disseram ao Mestre que não tinham mais do que cinco pães e dois peixes. – os pães eram broas, embora mais finos e os peixes eram pequenos e defumados ou conservados em vinagre; essa era uma comida típica dos pobres na Palestina.

Aquele que percebeu a fome de Nicodemos, a sede da mulher samaritana, que compartilhou da miséria do paralítico de Betesda. Que compreendeu o anelo de Zaqueu, teve a verdadeira visão da multidão com Ele, no deserto. E o Seu eterno amor o constrangeu a alimentar toda a multidão faminta.

Às vezes, em nossos problemas e dificuldades não sabemos como avançar, mas Ele sabe. Cinco pães e dois peixes eram os recursos materiais de Jesus e seus discípulos para uma multidão de cinco mil (o lugar era deserto) e fazia muito tempo que estavam ali, cansados e já famintos. Jesus com sua infinita sabedoria gosta de ordem e decência: Ele mandou que os discípulos reunissem a multidão em grupos de cinquenta e se assentassem. Eles assim o fizeram em obediência ao Mestre.

Jesus tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu os abençoou, partiu e deu aos discípulos para distribuírem entre o povo. Nada é pequeno ou pouco demais nas mãos abençoadas daquele que criou os céus e a terra. Jesus não pode multiplicar o pouco que temos sem antes entregarmos primeiro em Suas mãos. Somente quando os pães e os peixes foram entregues ao Mestre, é que Ele os pode multiplicar para alimentar a grande multidão.

Ao abençoar a comida, Jesus olhou para o céu (era costume do Senhor Jesus sempre dar graças ao pai, conforme vemos em Lucas 22:17, 22:19; Mateus 11:25, 15:36). Olhemos nós para o céu, para Deus, ao pensarmos que nada somos, nada temos, aprendamos a dar graças por tudo e seremos abençoados. O pouco ou o nada que temos passará a existir. Jesus fez a comida existir para cinco mil pessoas. Passou a existir o pão que não existia antes, e todos comeram até se fartarem. Era fácil para Jesus multiplicar os pães, mas nem por isso deviam considerá-lo de pouca importância ao ponto de abandonar as sobras. Ainda sobejaram doze cestos cheios das sobras recolhidas. Existem crentes em Jesus que seguem tristes e queixosos, porque saem dos cultos sem terem comido do pão do céu. Naquela tarde ninguém saiu com fome. Todos foram saciados, todos se alimentaram física e espiritualmente.

domingo, 13 de outubro de 2013

ESPADAS E ORELHAS

"Tendo Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos. E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos. Tendo, pois, Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas. Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles. Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra. Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno. Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes; para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi. Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?" (João 18:1-11).

O trabalho de um sacerdote é o de ensinar, orar e fazer ou ministrar o sacrifício. O Senhor veio a este mundo para ensinar sobre o reino de Deus, para orar, curar os enfermos, libertar os cativos. Mas ao terminar seu ministério terreno e fazer seu grande sacrifício, começando pela sua prisão, traído por Judas Iscariotes, foi com seus discípulos ao outro lado para o ribeiro de Cedrom, uma ravina à leste de Jerusalém entre a cidade e o Monte das Oliveiras, atualmente chamado de Vale de Josafá. Judas conhecia aquele lugar, havia ali um jardim, chamado Getsêmani. Um lugar onde não havia flores, mas somente muitas árvores. Servia de retiro para o Senhor e seus discípulos. Jesus tinha tanto o lugar de oração, quanto o espírito de oração. Nós temos espírito de oração? Oramos onde mais podemos ficar a sós com o Pai?

Desde que Jesus veio ao mundo, já veio sabendo de seu sofrimento, da morte de cruz pela qual havia de passar. Ele sabia exatamente que sua hora havia chegado; neste momento chegou Judas junto com a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, com lanternas, tochas e armas. A turba era sanguinária, odiavam o Mestre e queriam matá-lo. Sabemos que o inimigo não cessa de atentar e desde o nascimento de Jesus, sempre foi alvo de intentos de matá-lo. Pois Ele veio ao mundo para desfazer as obras do diabo. (1 João 3:8b).

Aquele que traiu Jesus era hipócrita, falso, traidor. Vendeu-se por trinta moedas de prata. Diante da coorte, Jesus se aproximou e perguntou – A quem buscais? Respondera: A Jesus, o nazareno. Ele disse: sou eu. Quando ouviram a resposta de Jesus, - sou eu - todos recuaram e caíram por terra. E o senhor perguntou novamente: a quem buscais? Responderam: Jesus, o nazareno. Todos caíram novamente por terra. O mesmo poder de Jesus que os levou a recuar e cair poderia ter lançados a todos no inferno. Então disse Jesus: já vos declarei que sou eu, se é a mim que buscais, deixai estes (seus discípulos) para se cumprir a palavra: "Não perdi nenhum daqueles que me deste".

Fiel é Jesus que não permitirá que os seus sejam tentados além de suas forças. "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (1Coríntios 10:13). Pedro o apóstolo intrépido se esquecera dos ensinos do Mestre. Naquele momento, sua ira o fez se esquecer de que Jesus seria entregue aos gentios e seria crucificado numa cruz; e isto faria por nossa causa, pois o sacrifício que iria fazer serviria para nos religar ao Criador, pois estávamos vivendo como ovelhas que não têm pastor, desgarrados andando nos nossos próprios caminhos e não no caminho vivo.

Pedro ficou tão irritado que não consegui superar sua ira. Sacou sua espada da bainha e deu com ela na orelha de Malco, decepando-a. Devemos nos lembrar que de acordo com Tiago 1:20, "Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus." A intenção de Pedro era com um só golpe, matar Malco, mas errou o golpe, Jesus não os havia instruído a usarem armas carnais. Foi somente no dia de Pentecostes que Pedro aprendeu que não deveria usar a espada para cortar orelhas. Aprendeu que a Espada que deve ser usada é a do Espírito Santo. Paulo escreveu sobre ela em Efésios 6:17. "Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;" Cuidemos para não fazer como Pedro, querendo cortar a orelha dos inimigos de Deus. A vontade de Deus é que quem tem ouvidos ouça o que o Espírito Santo diz. Lucas em seu evangelho diz: "E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou." (Lucas 22:51). Até mesmo no final de seu ministério terreno, o Mestre fez bem aos inimigos e deu provas de seu poder divino miraculoso.



sábado, 5 de outubro de 2013

SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR!



A voz daquele que clamava no deserto ardia com fogo recebido dos céus em resposta à oração: João Batista orava porque seria para ele o que havia de mais sagrado: falar com o Pai Celestial. Antes de Jesus ser crucificado e ainda quando andava com os discípulos que escolhera, respondendo ao apelo de um deles "Senhor, ensina-nos a orar" Ele assim o disse: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." (Mateus 6:9-15)

A oração do Senhor é um modelo para as nossas próprias orações. Na oração que Jesus nos ensinou começamos com adoração. Adoramos a Deus, pois Ele é Santo. Que a Sua vontade seja feita na terra e no céu. Ele nos dá o alimento cotidiano que sacia-nos a fome física, perdoa os nossos pecados, mas cabe a nós também perdoarmos aos que pecam contra nós, por tal condição, ou seja, ...perdoa-nos... assim como nós perdoamos..., e por conseguinte somos graciosamente perdoados por Ele.

Mas o Senhor ainda nos ensina: "E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes." (Mateus 6:5-8) Existem dois perigos na vida de oração, o de querer ser visto e ouvido e o de tagarelar. A oração pode ser feita em secreto, mas isto não exclui a oração pública. Oramos no Espírito como nos ensinou Jesus, com fé, sem nada duvidar, levantando mãos limpas e estando com o coração puro. Orar faz a nossa alma respirar e arder com o fogo vindo de Deus. Precisamos orar e, caso não soubermos, simplesmente façamos como o discípulo de Jesus: "Senhor, ensina-nos a orar"

sábado, 28 de setembro de 2013

CHAMADO À ORAÇÃO



Escrevem-se muitos livros sobre a necessidade de oração. Ensinam-se nas escolas dominicais também sobre esse assunto. Mas a oração é escassa, mais escassa do que qualquer outra coisa. É mais fácil assistir cultos, esforçar-se incansavelmente em qualquer obra de igreja, do que passar o tempo orando no Espírito Santo.

Os discípulos de Jesus nunca viram alguém orar como Ele orava. Ao presenciarem suas súplicas no Espírito Santo e as respostas maravilhosas, rogaram: "Senhor, ensina-nos a orar". Ninguém senão o Mestre poderia ensiná-los a oram como convém. Somente Ele sabia orar verdadeiramente. As muitas lutas e perseguições Ele as venceu pela oração.

Ele estava tão ligado ao Pai a ponto de dizer: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30). O Pai e o Filho estão em perfeita harmonia em sua natureza e ações. Hoje em dia, o pecado tem ofuscado nossa vista até não sabermos mais pedir coisas espirituais, nem materiais. Não vemos a grandeza e o poder de Deus como deveríamos ver. "Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus." (Mateus 22:29).

Muitos conhecem as Escrituras e sabem que Deus é o Todo Poderoso, aprenderam a orar e quando surgem problemas, entregam ao Pai e esperam nele as respostas. Os discípulos ao olharem ao Mestre, em oração, seus corações ardiam com desejos de orar também. Jesus tinha vida de oração. "E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava" (Marcos 1:35).

Para chamar os doze discípulos, Jesus orou a noite toda "E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:" (Lucas 6:12, 13).

Contemple-o em oração no Getsêmane, seu suor, tornou-se em sangue, "E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão." (Lucas 22:44). Naquela hora de agonia orou só, seus discípulos dormiram de tristeza "E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia." (Lucas 22:43).

Observe Jesus na cruz, orando por seus algozes. Olhe para Ele, o "grande Eu Sou" que deu sua vida por nós, e clame com fé: "Senhor, ensina-nos a orar". "E Aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos." (Lucas 11:1).

sábado, 21 de setembro de 2013

FILHOS DE DEUS OU DO DIABO?



Os cristãos são nascidos de Deus. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (João 1:12-13).

São nascidos espiritualmente e poderão conhecê-lO agora, como uma criança conhece seu pai. Aprendemos na Palavra de Deus como deve ser nosso relacionamento com Aquele que por amor, tornou-nos Seus filhos. A 1ª epístola de João nos fala sobre não praticarmos o pecado. "Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade." (1 João 3:4). Aquele que peca transgride a lei; nos sentido mais amplo é: o afastamento ou abandono de qualquer dos padrões de Deus. O Senhor Jesus não pecou e nem em sua boca se achava engano, palavra de mentira.

Aquele que ainda vive na prática do pecado, não conhece verdadeiramente a Deus através da pessoa de Jesus, e será facilmente enganado por falsas doutrinas. "Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo." (1 João 3 7-8).

Como filhos de Deus, temos que estar firmes nEle, sempre buscando ser sábios e vigilantes. "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" (1 Pedro 5:8).

Sabemos que nosso adversário não nos dá trégua. Ele arma ciladas para que caiamos nelas. Nosso Deus está sempre com suas mãos estendidas ao nosso favor. Fortalece-nos, nos livra para sermos vencedores em todo o tempo. Estejamos sempre em oração, como nos ensinou Jesus. "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros." (1 João 3:9-11).

As atitudes indicam nosso caráter, e de acordo com elas, ou somos filhos de Deus ou somos filhos do diabo. A semente divina é uma figura para a natureza divina concedida àquele que nasce de Deus. Esta natureza divina evita que o cristão viva em pecado, ou seja, tenha uma atitude pecaminosa. Há uma diferença enorme entre quem é filho de Deus e aquele que é filho do maligno. O amor existe entre os filhos de Deus e aqueles que não possuem o amor de Deus entre si, honram ao seu pai, o diabo, e não praticam a justiça. Caim era filho do maligno, ele matou seu irmão Abel. E por que o matou? Porque as obras de Abel eram justas diante de Deus, entretanto, Caim não amava seu irmão e suas obras, ou atitudes, eram más.

"Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade." (1 João 313-18). O amor que se exige do cristão, é um amor de auto-sacrifício. Se amarmos verdadeiramente, abriremos nossos corações e contribuiremos naquilo que pudermos com os necessitados. Se então temos recursos neste mundo, ajudemos nossos irmãos necessitados.

O Senhor Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam." (Mateus 6:19-20)