Jesus,
o mestre, ensinava muitas coisas através de parábolas. Ele desceu do céu para
fazer a vontade do Pai, e não a sua própria. (João 6:38). Jesus veio trazer a
salvação. Em Lucas 10:25-29, Ele fala com um doutro da lei: "E eis que se
levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para
herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E,
respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao
teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e
viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é
o meu próximo?".
Aquele
homem que dialogava com Jesus, era um doutor da lei, um escriba, um mestre
dentre os judeus para ensinar a lei. Ele ensinava os outros, mas será que
praticava aquilo que ensinava? Ensinava sobre o amor ao próximo? Ele perguntou
a Jesus: "Quem é o meu próximo?" Não teria realmente conhecimento de
quem se tratava? Caso não soubesse a quem Jesus se referia, tão pouco poderia
sentir amor por eles. Para poder ensinar sobre o amor a esse homem, Jesus
utilizou-se de uma parábola, que dizia: "... Descia um homem de Jerusalém
para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e
espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto." (Lucas 10:30).
Jericó,
conhecida como a cidade das palmeiras (Juízes 1:16) distava muitos quilômetros
de Jerusalém. A estrada entre as duas cidades era fortemente inclinada e cheia
de curvas junto a locais pedregosos, onde salteadores oportunistas se
escondiam. (Lucas 10:31). Um sacerdote que casualmente descia por aquela mesma
estrada, passou rapidamente pelo moribundo, talvez por medo de também ser
assaltado ou porque não queira tocá-lo e com isso ser considerado imundo com
isso deixou de ampará-lo. No templo, ele exercia bem a sua função, de
sacerdote, mas fora dele, era descompromissado, não ajudava aos necessitados
como aquele moribundo na margem da estrada.
Semelhante
um levita descia por aquela mesma estrada e vendo-o passou de largo (Lucas
10:32) os levitas atendiam aos sacerdotes no serviço do altar. Nem o sacerdote
e nem o levita ajudaram-no. Demonstraram com sua atitude falta de amor ao
próximo. Se não amarmos o próximo que vemos, como poderemos dizer que amamos a
Deus que não vemos? Em Lucas 10:33-34): "Mas um samaritano, que ia de
viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e,
aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o
sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;"
Quem
eram os samaritanos? Eram mestiços descendentes de colonos israelitas e gentios
que os reis da Assíria haviam enviado à Palestina depois da queda de Samaria.
Era um povo desprezado pelos judeus por causa de seu sangue mestiço e por sua
religião. Nesta parábola Jesus ensina algo que precisamos praticar: o amor
fraternal o qual está esfriando cada vez mais. Jamais houve um mestre como o
Senhor, que proferiu ilustrações vividas, práticas, sublimes e eternas como as
que existem em suas parábolas.
Ninguém
é capaz de enumerar as almas conduzidas por Jesus ao reino de Deus. Em Lucas 10:36-37,
Jesus disse ao doutor da lei: "Qual, pois, destes três te parece que foi o
próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de
misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma
maneira." Teria sido aquela lição de proveito ao doutor da lei? Aquele
homem quase morto era um judeu. O samaritano comunicou-se com ele e tratou de
suas feridas, levou-o a uma hospedaria e o ajudou. O samaritano, desprezado
pelos judeus, salvou a vida de um dos que o odiava.
Aquele
que é movido pelo Espírito Santo ama tanto amigos quanto inimigos. E não
pergunta: quem é o meu próximo? Em Romanos 8:14. "Porque todos os que são
guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." Gálatas 5:22-23
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.
"E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo
da perfeição." (Colossenses 3:14)
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