sábado, 14 de setembro de 2013

POBREZA QUE É RIQUEZA



É muito raro pessoas ricas, sábias, entendidas, ilustres e poderosas irem ao Senhor. Vemos abaixo, em Mateus, um escriba ir ao Senhor. Para este escriba chegar a Jesus foi um ato de muita dificuldade. Jesus era muito desprezado e os seus seguidores eram, em parte, pessoas simples, e também em parte, muito desprezados: pescadores e publicanos. Portanto o escriba fazia parte de um grupo raro de visitantes como Nicodemos. "E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; e, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. - Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:18-22).

Aquele escriba sentiu-se atraído pelo Senhor, provavelmente por causa de Seus milagres. Chegou-se até Jesus e falou-lhe resolutamente: "Eu quero te seguir" Vemos tal obstinação no livro de Rute, quando esta disse a Noemi: "Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;" (Rute 1:16). A decisão do escriba foi sem reservas: "aonde quer que fores, eu te seguirei", mas foi uma decisão abrupta como aquela de Pedro: "... Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei." (Mateus 26:33). E naquela mesma noite, Pedro negou a Jesus por três vezes ao cantar do galo. Mesmo assim a decisão de Pedro foi necessária, por quê? "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12). Jesus é o único caminho pelo qual Pedro seria salvo e não através de sua justiça própria. "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 4:16). 

As palavras do escriba estavam corretas, mas não foram ditas por fé, foram ditas em um momento emocional, foi um voto meramente emotivo, sem pensar nas consequências, aquele escriba tomou uma decisão não espiritual, mas baseada em sua própria capacidade analítica por meramente presenciar milagres feitos por Jesus aflorada em um momento emotivo.

A Palavra de Deus nos ensina: "... Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." (Zacarias 4:6b). Jesus conhece a todos os que se achegam a Ele e examina cada coração. "Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem." (João 2:24-25).

Em resposta ao apelo emocional do escriba, Jesus respondeu-lhe o significado de segui-lo: dizendo a outro discípulo: "Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:22). Na verdade, Jesus quis dizer: deixe que os espiritualmente mortos sepultem os fisicamente mortos. As exigências do reino são muito mais importantes. O Senhor chamou a atenção do escriba para a sua pobreza: quer ser pobre como eu, renunciar a tudo como eu? "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." (2 Cor. 8:9). somos exclusivamente ricos da graça de Deus. Quando Jesus nasceu, foi colocado em uma manjedoura emprestada, quando morreu O sepultaram em um túmulo alheio. Esse exemplo de desapego ao material sempre foi uma constante na vida de Jesus e até em sua morte, mas Ele ressuscitou! Aleluia, Ele vive!

Nenhum comentário:

Postar um comentário