É muito
raro pessoas ricas, sábias, entendidas, ilustres e poderosas irem ao Senhor. Vemos
abaixo, em Mateus, um escriba ir ao Senhor. Para este escriba chegar a Jesus foi um ato de muita
dificuldade. Jesus era muito desprezado e os seus seguidores eram, em parte,
pessoas simples, e também em parte, muito desprezados: pescadores e publicanos.
Portanto o escriba fazia parte de um grupo raro de visitantes como Nicodemos.
"E Jesus, vendo em
torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; e,
aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te
seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas
o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E outro de seus discípulos lhe
disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. - Jesus,
porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:18-22).
Aquele escriba sentiu-se atraído pelo
Senhor, provavelmente por causa de Seus milagres. Chegou-se até Jesus
e falou-lhe resolutamente: "Eu quero te seguir" Vemos tal obstinação
no livro de Rute, quando esta disse a Noemi: "Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde
quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu
povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;" (Rute 1:16). A decisão do escriba foi
sem reservas: "aonde quer que fores, eu te seguirei", mas foi uma decisão abrupta como aquela de Pedro: "...
Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei."
(Mateus 26:33). E naquela mesma noite, Pedro negou a Jesus por três vezes ao
cantar do galo. Mesmo assim a decisão de Pedro foi necessária, por quê? "E em nenhum outro há
salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os
homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos
4:12). Jesus é o único caminho pelo qual Pedro seria salvo e não através de sua
justiça própria. "Disse-lhe Jesus:
Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
(João 4:16).
As palavras do escriba estavam corretas, mas não foram ditas por fé,
foram ditas em um momento emocional, foi um voto meramente emotivo, sem pensar
nas consequências, aquele escriba tomou uma decisão não espiritual, mas baseada
em sua própria capacidade analítica por meramente presenciar milagres feitos
por Jesus aflorada em um momento emotivo.
A Palavra de Deus nos ensina: "... Não por força nem por violência,
mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." (Zacarias
4:6b). Jesus conhece a todos os que se achegam a Ele e examina cada coração.
"Mas o mesmo Jesus não confiava
neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do
homem, porque ele bem sabia o que havia no homem." (João 2:24-25).
Em resposta ao apelo emocional do
escriba, Jesus respondeu-lhe o significado de segui-lo: dizendo a outro discípulo: "Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus
mortos." (Mateus 8:22). Na verdade, Jesus quis dizer: deixe que os
espiritualmente mortos sepultem os fisicamente mortos. As exigências do reino são
muito mais importantes. O Senhor chamou a atenção do escriba para a sua
pobreza: quer ser pobre como eu, renunciar a tudo como eu? "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua
pobreza enriquecêsseis." (2 Cor. 8:9). somos exclusivamente ricos da graça de Deus. Quando
Jesus nasceu, foi colocado em uma manjedoura emprestada, quando morreu O
sepultaram em um túmulo alheio. Esse exemplo de desapego ao material sempre foi
uma constante na vida de Jesus e até em sua morte, mas Ele ressuscitou!
Aleluia, Ele vive!
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